O Folclore Daqui e De Acolá! PARTE 02


Mitologia Grega 

 

Entendendo a Mitologia Grega. 

Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.

História da Medusa 

A Medusa é uma figura do mundo mitológico da Grécia Antiga. Representada por uma mulher com enormes serpentes na cabeça, possuía também presas de bronze e asas de ouro. As lendas e mitos gregos contavam que ela tinha o poder de transformar em estátuas de pedra as pessoas que olhassem diretamente em seus olhos.

Era uma das três irmãs górgonas, porém, ao contrário das outras duas (Euriále e Esteno), Medusa era mortal. Era filha de Ceto e Fórcis (divindades marinhas). Assim como suas outras duas irmãs, foi transformada em monstro pela deusa Atena. Todos tinham muito medo da Medusa. Ela habitava o extremo ocidente da Grécia, em companhia de suas irmãs.
Na mitologia grega, Medusa foi morta pelo herói Perseu. Usando seu escudo de bronze bem polido, olhou para ela através do reflexo para não ser transformado em pedra. Após decaptá-la, entregou a cabeça à deusa Atena, que a fixou ao seu escudo.

História de Perseu

 Perseu era filho de uma mortal, Danae, e do grande deus Zeus, rei do Olimpo. O pai de Danae, o rei Acrísio, havia sido informado por um oráculo de que um dia seria morto por seu neto e, aterrorizado, aprisionou a filha e afastou todos os seus pretendentes. Mas Zeus era deus e desejava Danae: entrou na prisão disfarçado em chuva de ouro, e o resultado dessa união foi Perseu. Ao descobrir que, apesar de suas precauções, tinha um neto, Acrísio fechou Danae e o bebê numa arca de madeira e os lançou ao mar, na esperança de que se afogassem.
Mas Zeus enviou ventos favoráveis, que sopraram mãe e filho pelo mar e os levaram suavemente à costa. A arca parou numa ilha, onde foi encontrada por um pescador. O rei que comandava a ilha recolheu Danae e Perseu e lhes deu abrigo. Perseu cresceu forte e corajoso e, quando sua mãe se afligiu com as indesejadas investidas amorosas do rei, o jovem aceitou o desafio que este lhe fez: o de lhe levar a cabeça da Medusa, uma das Górgonas. Perseu aceitou essa missão perigosa não porque ambicionasse alguma glória pessoal, mas porque amava a mãe e estava disposto a arriscar a vida para protegê-la.
A Górgona Medusa era tão hedionda que quem olhasse seu rosto transformava-se em pedra. Perseu precisaria da ajuda dos deuses para vencê-la, e Zeus, seu pai, certificou-se de que essa assistência lhe fosse oferecida: Hades, o rei do mundo subterrâneo, emprestou-lhe um capacete que tornava invisível quem o usasse; Hermes, o Mensageiro Divino, deu-lhe sandálias aladas; e Atena lhe deu uma espada e um escudo. Perseu pôde fitar o reflexo da Medusa e, assim, decepou-lhe a cabeça, sem olhar diretamente para seu rosto medonho.
Com a cabeça monstruosa seguramente escondida num saco, o herói voltou para casa. Na viagem, avistou uma bela donzela acorrentada a um rochedo à beira-mar, à espera da morte pelas mãos de um assustador monstro marinho. Perseu soube que ela se chamava Andrômeda e estava sendo sacrificada ao monstro porque sua mãe havia ofendido os deuses. Comovido por sua aflição e sua beleza, o herói apaixonou-se por ela e a libertou, transformando o monstro marinho em pedra com a cabeça da Medusa. Em seguida, levou Andrômeda para conhecer sua mãe, que, na ausência dele, tinha sido tão atormentada pelas investidas do rei depravado que, desesperada, tinha ido se refugiar no templo de Atena.
Mais uma vez, Perseu ergueu bem alto a cabeça da Medusa e transformou em pedra os inimigos da mãe. Depois, entregou a cabeça a Atena, que a incrustou em seu escudo, onde ela se tornou o emblema da deusa para sempre. Perseu também devolveu os outros presentes aos deuses que os haviam oferecido. Daí em diante, ele e Andrômeda viveram em paz e harmonia e tiveram muitos filhos. Sua única tristeza foi que, um dia, ao participar dos jogos atléticos, ele arremessou um disco que foi levado a uma distância excepcional por uma rajada de vento. O disco atingiu e matou acidentalmente um velho. Tratava-se de Acrísio, o avô de Perseu, e com isso, finalmente, cumpriu-se oráculo do qual um dia o velho tentara se livrar.
Mas Perseu não tinha um espírito rancoroso ou vingativo e, por causa dessa morte acidental, não quis governar o reino que era seu por direito. Em vez disso, trocou de reino com seu vizinho, o rei de Argos, e construiu para si uma poderosa cidade, Mecenas, onde viveu uma longa vida com sua família, com amor e honradez.
História de Hércules

Hércules foi um grande herói da Mitologia Grega. Filho de Zeus (deus dos deuses) e da mortal Alcmena, que era esposa de Anfitrião.
Segundo o mito, aproveitando o fato de Anfitrião estar ausente, em batalha, Zeus se caracterizou como ele, e se fez passar pelo mesmo. Ao retornar da batalha, Anfitrião descobriu a traição, e, irado construiu uma grande fogueira para queimar Alcmena viva. Zeus então, mandou nuvens de chuva para apagar o fogo, o que acabou fazendo com que Anfitrião aceitasse a situação. Hércules, portanto, nasceu do encontro de Zeus e Alcmena.
A deusa Hera, esposa de Zeus, enciumada pela traição, enviou duas serpentes para matar Hércules ainda no berço. Não teve exito, pois ainda bebê, Hércules estrangulou as serpentes com as próprias mãos.

Quando adulto, Hera provocou em Hércules um ataque de fúria, que o levou a matar sua esposa Mégara e seus três filhos. Como punição pelo crime, o oráculo de Delfos o incumbiu de doze tarefas de extremo risco. Essas tarefas são chamadas de “Os doze trabalhos de Hércules”. São eles:

- Matar o leão de Neméia – Hércules o estrangulou.
- Destruir um monstro de sete cabeças que cuspia fogo – o monstro era a hidra de Lerna, que Hércules matou.
- Capturar a corça de Gerínia – Hércules a capturou viva, sendo que ela tinha chifres de ouro e pés de bronze.
- Acabar com um javali selvagem gigantesco – Hércules capturou vivo o javali de Erimanto.
- Limpar em um só dia o curral do rei Augeasos – Hércules limpou o estábulo que já não havia sido limpo nos últimos trinta anos, e no qual havia três mil bois.
- Acabar com as aves do lago Estinfale – Hércules matou as aves antropófagas dos pântanos com flechas envenenadas.
- Capturar um touro louco na ilha de Creta – Hércules capturou o touro vivo, apesar do mesmo lançar chamas pelas narinas.
- Eliminar as éguas do rei Trácia – Hércules capturou as éguas antropófagas de Diomedes, domando-as.
- Roubar o cinto de ouro da rainha Hipólita – Hércules conseguiu, após longas batalhas, obter o cinturão de Hipólita, rainha das guerreiras amazonas.
- Capturar os bois selvagens de Gerião, da ilha de Eritéia – Hércules capturou o rebanho de bois vermelhos, após ter matado Gerião, que tinha três corpos.
- Roubar as maçãs douradas das ninfas no jardim das Espérides – Hércules recuperou as três maçãs de ouro do jardim, por intermédio de Atlas.
- Capturar o cão de três cabeças Cérbero, guardião dos portões do inferno – Hércules capturou o cão, que além das três cabeças, tinha cauda de dragão e pescoço de serpente.
Ao realizar as doze tarefas, além de se redimir pela morte de sua esposa e de seus filhos, Hércules conquistou a imortalidade.
Casou-se com Dejanira, que sem querer lhe causou a morte. Na condição de imortal, Hércules foi transportado para o Olimpo, onde se casou com a deusa da juventude, Hebe.


Literatura de Cordel
O que é e origem 
A literatura de cordel é uma espécie de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Também são utilizadas desenhos e clichês zincografados. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas.
A literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente na região Nordeste do Brasil. Ainda são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares. Em algumas situações, estes poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do público. Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Mais recentes, podemos citar os poetas José Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros, Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo. Zé Melancia, Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de Cristo Rei e Ignácio da Catingueira.


Cada poeta com o seu poema, cada pessoa conta sua história da sua maneira uns com escritas mais formais e outros menos conhecimentos, mas com uma grande sabedoria adquirida na simplicidade do seu dia a dia. È o caso de algumas pessoas do nordeste!












Música de Cordel

Ai Se Sêsse

Cordel Do Fogo Encantado

Composição: Zé Da Luz

Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse.
Senhora do Picão Folclore Português
No sítio do Picão situado a quatro quilómetros da Póvoa e a dois do Santuário do Naso, nos finais do séc. XIX início do séc. XX, na aldeia da Póvoa, concelho de Miranda do Douro, algo de milagroso aconteceu a uma menina de nome Mariana dos Ramos João.
Ainda Mariana estava ainda no ventre da mãe, já poisava uma luz em cima de uma arca o que deixava a mãe preocupada com o que iria ser daquela criança. Segundo relato de familiares, Nossa Senhora aparecia em casa, em qualquer parte onde Mariana estivesse.

Tinha então poucos meses quando o fenómeno se começou a registar, o que deixava a sua mãe perplexa. A bébé aparecia limpa e penteada. Havia também uma luz que se acendia, no período de Abril a Maio, fenómeno que se registou durante 16 anos.
Só no ano de 1903, já Mariana tinha sete anos, conta o que lhe acontecia a um irmão, afirmando ver Nossa Senhora, situação nunca presenciada por mais ninguém, mas que tornou o lugar num local de culto, especialmente para os espanhóis da zona de Castela e Leão, que ali se deslocavam em grande número, contribuindo para a construção da capela, da casa dos peregrinos e do estábulo para os animais. Também a água e a terra do local era procurada porque, dizia-se, terem poderes curativos.


Várias foram as razões para o desaparecimento do Santuário. No entanto o Picão acabou em ruínas de onde foram retiradas nos anos 50, pedras para erguer duas capelas, no Santuário Mariano de Nossa Senhora do Naso, e a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição que se encontra no interior da Capela do Naso.

F O L C L O R E   I T A L I A N O
Todas as manifestações folclóricas, não só nos setores artesanais, mas nos costumes regionais, nas festas tradicionais, na arte sacra popular, nos cantos regionais, são uma maneira singular de encarar a realidade.
A história de um povo se identifica com a história de seu folclore e os motivos recorrentes e inconfundíveis de seus usos e de suas cerimônias, são elementos indispensáveis para o seu conhecimentos, pois na forma de vida e nos costumes transmitidos ao longo dos séculos, num interminável suceder-se de gerações, é que o povo reencontra a si mesmo e revela suas características mais genuínas. Por isso o rico folclore italiano desperta o interesse de muitos turistas que nele encontram a expressão mais verdadeira e mais bela da vida italiana.
P A L I O   D I    S I E N A
Manifestação folclórica italiana mais conhecida no mundo. Embora desde o século XIII se tenha notícia de tais corridas de cavalos em Siena, o Pálio, assim como é realizado hoje, só teve a origem no século XVII.
Dele participam os 17 bairros. O Pálio, que é um estandarte e possui um valor puramente simbólico, é o emblema da vitória.
Após o desfile histórico pela praça, com o desfraldar das bandeiras, e a exibição dos magníficos trajes tradicionais, a corrida é realizada por 10 cavalos, os quais representam 10 bairros e que correm por direito e mais 3 cavalos representando 3 bairros, escolhidos por sorteio. Ganha o cavalo que chegar primeiro, após 3 voltas ao redor da praça, mesmo que o jóquei tenha caído. É um espetáculo de força, amor, destreza, magnífico e solene, muito emocionante. A multidão que dele participa, está pronta para o delírio festivo ou o maior desespero, e após a corrida, felicidade e alegria para quem ganha, zombarias e desespero para quem perde.
O Pálio é uma festa que se repete duas vezes por anos, no dia 02 de julho e 16 de agosto, sempre em honra de Nossa Senhora de Assunção.






História do Dia das Bruxas Lenda folclórica Européia

A história desta data comemorativa tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditavam que no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.
Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a 
Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição.
Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de
novembro).

Símbolos e Tradições

Esta festa, por estar relacionada em sua origem à morte, resgata elementos e figuras assustadoras. São símbolos comuns desta festa: fantasmas, bruxas, zumbis, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankestein.
As crianças também participam desta festa. Com a ajuda dos pais, usam fantasias assustadoras e partem de porta em porta na vizinhança, onde soltam a frase “doçura ou travessura”. Felizes, terminam a noite do 31 de outubro, com sacos cheios de guloseimas, balas, chocolates e doces.
Uma das lendas de origem celta fala que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. Os celtas acreditavam ser a única chance de vida após a morte. Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos.
Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite do dia 31 de outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casa, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir, (Panati).
Os Romanos adotaram as práticas célticas, mas no primeiro século depois de Cristo, eles as abandonaram.

O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava e passa ser conhecido como o Dia das Bruxas.  O famoso “Brincadeira doces e travessuras”

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